Em meio à pressão do setor de entretenimento e de Comissão da Câmara Municipal de Salvador para que seja tomada uma decisão sobre a realização do Carnaval no próximo ano, o prefeito Bruno Reis (DEM) admitiu que o município não tem a "receita" afetada, mas também investe muito dinheiro na realização da festa.
"Para a receita de Salvador o impacto não é grande, tendo em vista que a gente arrecada, mas também investe para a realização. No Carnaval, o que tem de captação de patrocínio, pagamento de tributos, taxas, impostos, ISS, no fim das contas praticamente empata. A Prefeitura não tem ganho de receita no Carnaval, mas também não tem perda", disse o prefeito durante apresentação do Plano Estratégico da cidade para os próximos anos, na manhã desta quinta-feira (11).
O gestor, no entanto, avalia que as perdas são outras e potencialmente ainda maiores, visto que Salvador se consolidou nos últimos anos com a marca de sediar as grandes festas de rua e populares, transmitidas pela TV e internet para todo o mundo.
O Carnaval também movimenta a economia local, com geração de empregos e com a vinda de turistas.
"Quem perde é a cidade. A estratégia de comunicação de Salvador ao longo dos últimos 50 anos é pautada nos grandes eventos. Imagine uma exposição em todos os meios de comunicação por 7 dias no Brasil? Qual o preço disso? R$ 1,5 bilhão na economia, gerando 50 mil empregos para pessoas que estão quase dois anos sem trabalhar, passando dificuldades", destacou.
O prefeito voltou a se solidarizar com os empresários do segmento, como donos de blocos e camarotes, que segundo ele tem visto os seus negócios ruírem com a imposição do distanciamento social, necessário para evitar a disseminação da Covid-19.
"Eu consigo me colocar no lugar dos empresários, pessoas do setor de cultura, muitos passando fome, não aguentam mais", lamenta.
PRAZO
No início da semana, Bruno Reis apelou para tentar marcar um encontro com o governador Rui Costa (PT) e viu vereadores da base, membros da Comissão Especial de Acompanhamento da Retomada de Eventos, entregarem um ofício com relatório elaborado após duas audiências públicas com representantes de diferentes setores, pedindo que a data-limite para decisão fosse na próxima segunda-feira (15).
Rui pediu "cautela" e avisou que não iria atender a "ultimatos", enquanto o prefeito pacificou a situação, reiterando que o martelo seria batido em conjunto e que a Prefeitura, sozinha, não tem condição de realizar a festa.
No evento desta manhã, o líder do Palácio Thomé de Souza já estendeu este limite para o fim de novembro. "A expectativa é tomar a decisão no final de novembro", disse.
POLICIAMENTO
O prefeito concordou que não existe "hipótese" de fazer uma festa da proporção do Carnaval sem o apoio da Polícia Militar, comandada pelo governo do Estado.
"Se, mais para frente, quando a gente conversar e tomar essa decisão, de não disponibilizar a segurança pública, não terá esse tipo de evento em nossa cidade", reforçou.
Fonte: BNews
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