Paula Gardel, estudante do curso de pedagogia em uma faculdade particular em Maceió foi impedida de assistir aula com a filha Rhadassa, de 12 anos, que é autista, tem síndrome de down e TDAH.

A aluna contou que devido às condições da filha, ela e o esposo (que faz faculdade no mesmo local) levavam Rhadassa para as aulas, mas há duas semanas, ela foi chamada pela instituição de ensino para que ela “desse um jeito de deixar a filha com alguém”.

Paula disse que a filha já teve câncer e que ela precisou parar a vida para cuidar dela. Agora, com a filha melhor, ela decidiu voltar a estudar porque ama o curso e quer se formar.

“Todos os dias eu levo a minha filha para a sala de aula, mas fui chamada pela faculdade para que eu pudesse arrumar um jeito e não levá-la mais”, conta. A justificativa deles é que a faculdade não dispõe de estrutura especializada para crianças.

Segundo Paula, quando ela foi chamada, ela se sentiu constrangida. “Fui falar com eles com vergonha, constrangida”.

Paula disse que não “têm condições de pagar uma pessoa para ficar com a filha” e nem que deixaria ela com qualquer um.

“Minha filha tem deficiência, ela não fala. Infelizmente não posso pagar alguém e nem deixá-la com qualquer pessoa. Se eu tiver que pagar alguém, eu vou precisar parar a faculdade”, desabafa.

Ela também reforça que não quer prejudicar ninguém, mas que sabe que a história dela vai incentivar que políticas públicas sejam criadas para mulheres que são mães atípicas.

O que diz a faculdade?

A faculdade FAN emitiu uma nota por meio das redes sociais. Veja abaixo:

Fonte: eufemea.com