Tarrafas e Saboeiro, no Centro Sul do Ceará, serão os próximos municípios nordestinos a serem contemplados pelo programa ‘Viveiro de Mudas Nativas da Caatinga’ da Agrovale. As espécies do tipo umbuzeiro, marizeiro, ingazeiro, pau-ferro, paineira, angico, umburana, ipê roxo e caraibeiras, foram doadas na manhã desta quarta - feira (10), às prefeituras e vão ser utilizadas em projetos de arborização urbana, paisagismo, repovoamento e reflorestamento de áreas de preservação permanente (APP).
Nesse primeiro momento foram doadas 1.000 mudas nativas para cada município, como parte do projeto 'Caatinga Rica', outra iniciativa socioambiental da empresa sucroenergética que é a maior produtora de açúcar, etanol e bioeletricidade e a que mais gera empregos na Bahia.
Segundo a secretária de Meio Ambiente de Tarrafas, Maria Aucioneide Alcântara, as mudas serão utilizadas na preservação e recuperação do Rio Bastiões, o principal manancial de água da cidade, que vem sofrendo muito com o assoreamento, desmatamento e descarte de lixo e esgoto. "As mudas doadas pela Agrovale serão de imensa importância para o desenvolvimento do projeto e essenciais para nossa cidade", agradeceu.
A secretária de Meio Ambiente de Saboeiro, Jane Brito, também agradeceu as mudas e adiantou que serão muito bem vindas para a execução do projeto de arborização do município, com o plantio nas vias públicas e às margens do Rio Jaguaribe, nos açudes Caldeirões e Raul Barbosa, além do distrito de Barrinha, favorecendo o restabelecimento da mata ciliar.
O viveiro da Agrovale ocupa uma área de 2 hectares com mais de 70 espécies de plantas nativas da Caatinga. Em 14 anos de existência já doou 370 mil mudas para 45 municípios nordestinos da Bahia, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte, além de Curitiba, no Paraná. A princípio, o propósito da iniciativa era a preservação dos ecossistemas da Caatinga e das matas ciliares do Rio São Francisco, mas o projeto cresceu muito e tem potencial para ampliar ainda mais os benefícios.
A doação de mudas vem ampliando a cobertura verde das cidades e contribuindo para uma maior conscientização e sustentabilidade ambiental da biodiversidade regional. Para se ter uma ideia, somente em 2021, a Agrovale conseguiu viabilizar a recomposição florestal de cerca de 370 hectares de flora nativa da Caatinga. A proposta é ampliar a capacidade de produção para atender mais cidades, melhorando seus espaços de lazer e convivência.
Fonte: CLAS
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