O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) determinou que a greve dos trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco, que teria início na segunda-feira (19/04), seja suspensa. A decisão acontece após a Procuradoria Geral do Estado (PGE) entrar com uma ação para impedir a paralisação dos professores.

Os docentes votaram a favor da freve geral durante assembleia virtual realizada, na última quinta-feira (15), com o intuito de impedir o retorno gradual das aulas presenciais no Estado, que começaria na segunda-feira. Na reunião, os professores decidiram primeiramente sobre a greve. Num total, 90,3%, dos 627 votantes aprovaram a greve; 4,2% se abstiveram e 5,7 achavam que não deveria ter greve.

Numa segunda votação, os docentes avaliaram a forma da paralisação e decidiram pela suspenção das atividades, presenciais e remotas, ou apenas parcial (aulas presenciais). Com 355, foi decidido pela paralisação presencial, mantendo as aulas remotas.

Na ação contra o Sindicado, o Estado de Pernambuco colicitou o imediato cancelamento da greve e, caso aconteça, que o sindicado seja multado em R$ 300.000,00 (trezentos mil reais). O Sindicato se defende alegando que a greve tem como finalidade principal a gravidade dos dados atuais causados pela COVID-19, levando-se em conta o número de mortos e infectados entre os profissionais de educação.

Ainda assim, o Desembargador Fábio Dantas de Oliveira Lima considerou que "não se apresenta legítima a motivação do movimento grevista" e estipulou a multa de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) por crime de desobediência, em caso do descumprimento da sentença.

Da redação com informações do JC