Preciso ser afetivo, mas como agir sem confundir os sentimentos??
Por Katiane Souza
Que a afetividade é importante no processo de desenvolvimento do ser humano, isso não é novidade para ninguém. Mas o que fazer quando a afetividade e demonstração de carinho por parte dos professores e pais são confundidos pelos aprendentes, que acham que os adultos estão precisando de sua aprovação.
Ser afetivo e carinhoso sem ser confundindo como uma pessoa que não é digno de respeito, tem sido um grande desafio para pais e educadores. Pois, existe uma linha tênue para quem está em processo de desenvolvimento, seja ele adolescente ou uma criança, tornando necessário as funções e os papeis, para que estejam bem categorizados a fim de não serem confundidos.
Em uma geração onde os valores se perderam na linha de amor, carinho, cuidado e do afeto é bem tênue quando se trata de ser bem discernida na hora de impor limites.
A afetividade estimula o desenvolvimento do saber e da autonomia, por meio das relações que a criança estabelece com o meio e, por isso, ela deve ser promovida e vivenciada em todos os ambientes que a criança e adolescente frequenta; desde a sua casa ao ambiente escolar, considerando que em seu processo de aprendizagem começa a expressar seus sentimentos e emoções, e dessa forma espera se desenvolver de maneira saudável emocionalmente
Para que essa afetividade dos cuidadores não seja confundida, é importante que os papéis fiquem bem claros para a criança. Que estabeleça sempre uma relação de respeito e deixem claro que não é porque os pais perguntam uma vez o que ele gostaria de jantar, que todas as noites esse pedido será levado em consideração e que o perguntar para agradar de uma forma diferente, não é no sentido de mostrar subserviência.
Na escola, é possível chamar estudantes de amor, rir juntos, sentar no chão e brincarem de maneira saudável e dizer que esse momento é importante para estreitar as relações e não para que haja inversões de papéis.
A afetividade nas relações entre adultos e crianças sempre será um trunfo que trará possibilidades de alcançarem cada vez mais o progresso e possibilidades de se prepararem para conflitos que porventura a vida apresente.
A demonstração do afeto possibilita vivências de partilha e tantos outros valores necessários para um ser humano integro capaz de se conduzir com maturidade e auto aceitação.
O afeto demonstrado ao indivíduo na fase escolar trará benefícios de auto aceitação para o resto de sua vida. Já a falta disso compromete todo o ser humano em relação ao amor próprio e a credibilidade pessoal diante de si mesmo.
Pais
Digam aos seus filhos o quanto eles são importantes em suas vidas e que por mais que haja desentendimento entre essas gerações de pais e filhos, o amor entre vocês precisa e pode ser maior que seus pontos de vistas.
Demonstrem afetividade também exortando os filhos quando estes não estiverem fazendo o que é correto, pois, concordar com tudo, não é demonstração de amor.
Estabeleça bem as relações, deixando claro como é possível uma relação de respeito sem ultrapassar os limites dos respeitos.
Educadores
Sabendo que é na escola onde comportamentos adquiridos em casa se multiplicam, não meçam esforços na hora de conduzir o menor a reflexões de respeito aos seus cuidadores.
Na escola, promova atividades que os leve a refletir de como ele gostaria de ser tratado se estivesse no lugar de seu professor e outros personagens da escola.
Esse exercício de reflexão poupará muita ladainha futura.
Educar não é tarefa fácil, entretanto é possível conduzir a educação de aprendentes de uma forma leve, quando os papéis estão bem estabelecidos nas relações.
Não poupe amor e afeto, demonstre sempre. E ensine o outro a respeitar seus limites e assim eles mesmos irão se desenvolvendo e compreendendo que amor e respeito precisam andar lado a lado.
Mas, não ser confundido, é o que importa.
Até a próxima!
Roni Figueiredo - Coluna Social