Temo que meu filho seja reprovado na escola. Posso fazer algo?

Por Katiane Souza

Por Katiane Souza 13/10/2022 - 14:52 hs

Com o início do último bimestre letivo na maioria das escolas, há quem se preocupe com o desenvolvimento do seu filho na escola e se esse aluno está aprendendo o suficiente para dar a ele as habilidades necessárias para a próxima etapa. Ou seja, será que esse aluno passa?

Diante dessa dúvida vamos compreender que o sistema educacional no país é sustentado por uma rede de habilidades hoje conhecida como BNCC (Base Nacional Comum Curricular) que garante que todos os estudantes tenham acesso às mesmas oportunidades de desenvolvimento das competências que oportunizam a maturação do indivíduo nas questões socioemocionais e cognitivas, claro que cada um em seu marco correto do desenvolvimento humano. Ou seja, cada um tem seu tempo, desde que esse tempo esteja dentro dos padrões elencados nos marcos da OMS (Organização Mundial da Saúde). 

Pois bem, sabendo que todos os alunos tem o seu tempo e que tem acesso as mesmas oportunidades de estímulos para se desenvolverem cada vez melhor, o que acontece com alguns alunos que não conseguem aprender tanto como poderiam? Estudantes estes, altamente articulados em suas relações, muitos conhecimentos fora do mundo escolar e na escola corre um sério risco de reprovação ou até estão com notas no limite para serem aprovados. Como se explica isso?

Não há explicações fixas como cartilhas. Mas podemos refletir sobre aspectos pelos quais permeiam a escola onde este estudante está frequentando.

Vejamos:

Esteja atento às relações dentro da escola. O ambiente escolar é tão importante que muitas vezes é confundido como o único espaço que educa. Sabendo que isso não é verdade, porém a escola não pode se isentar de seu papel de acolher e oportunizar conhecimentos. Entretanto, esteja atento com as amizades que seu filho ou aluno tem feito na escola. Observe o comportamento, vocabulário e interesses. E intervenha não com proibições enérgicas, mas, oportunidades de reflexões sobre onde tais relacionamentos podem levá-lo.

Esteja atento as perspectivas do futuro que seu filho e aluno tem. Sem projetos ou planejamentos atuais, não há interesses no amanhã. Conversem com esses menores sobre o que eles querem ser, como querem ser e o que estão fazendo. Mais que lição de moral, divida suas experiências vividas e que foram superadas. Mostre aos estudantes que as escolhas de hoje sempre serão sementes, e sementes trazem frutos, quando são bem cultivados. Ninguém é mais indicado para esse movimento de motivação do que você que acompanha diretamente o desenvolvimento escolar desse aluno. 

Esteja atento ao seu papel nesse processo de orientação. Seja você pai ou professor, você é responsável por esse estudante, não abra mão e nem terceirize essa função. E terceirizar, não quer dizer que não possa procurar ajuda de profissionais especializados para aqueles que estão com dificuldades, mas independente da hora que chegue em casa, pergunte como foi na escola, escute sua criança, olhe o caderno, elogie, celebre os avanços e motive a superação quando houver dificuldades. Seu papel é vital nesse processo.

Esteja atento ao tempo que ainda tem para reparar as brechas. É comum que as bancas e reforços sejam mais procurados no final do ano. Todavia, é interessante que se investigue se esse aluno tem realmente alguma dificuldade de aprendizagem ou o que está acontecendo para que o conhecimento não flua como poderia. Na maioria das vezes, o que falta é apenas uma boa organização na rotina do estudante.

O ano letivo está próximo ao término, agora vai ficar bem mais difícil, no entanto, não quer dizer que as coisas não podem melhor. Estabeleça metas alcançáveis, tire as distrações desse estudante e acredite que com boas conduções o último bimestre letivo pode ser isento de angústias e estresses. 

Compartilhe esse texto com máximo de pessoas, pois acredite que essa época não é nada fácil para as famílias com seus estudantes.

Até a próxima!