A amizade sem sombra de dúvidas é uma necessidade para a saúde de qualquer relacionamento. No geral, esse conceito se resume à confiança, parceria e com a ideia desse substantivo abstrato vamos refletir sobre algumas situações que permeiam o relacionamento de amizades entre pais e filhos, professores e estudantes. 

Porém, se analisarmos o aspecto real do conceito da amizade em seu sentido original, ela será não só será bem aceita, mas também aproveitada.

E para iniciarmos a reflexão que pretende este texto, vamos atrás dessas respostas...

*Quem são nossos amigos hoje?

* Existe amigos para toda a vida?

* É possível que amigos se distancie geograficamente e a amizade continue sólida?

* Amigo de verdade concorda com tudo que fazemos?

* Amigo magoa sem querer?

* Existe perdão entre amigos?

Reflexões que independente das respostas que se deu, vamos transferir essas incógnitas para a discussão a seguir.

Quando cada um tem o seu papel bem estabelecido na relação, fica mais tranquilo e não vemos inversões de papéis. Seja você pai ou professor, seu papel precisa e até deve estar elucidado na relação. Ou seja, o fato de você se mostrar pronto a ouvir o seu filho ou aluno, não quer dizer em nenhuma hipótese que este precisa faltar com o respeito.

Amigos não faltam com o respeito.

Prosseguindo com essa ideia, podemos perceber que em qualquer relacionamento, haverá altos e baixos e que mesmo diante de uma situação onde pais e professores se colocam como amigos dos seus aprendentes, a partilha de limites e conflitos ela não precisa ser omissa. Ou seja, adultos não são heróis, todos têm limites e explicar que qualquer pessoa é suscetível a falhas, não é demonstração de fraqueza. Pelo contrário, isso é pura demonstração de que aquele que reconhece sua limitação, é tão forte que mesmo reconhecendo suas limitações, não paralisa diante delas.

Amigos tem falhas

Em toda relação madura, haverá o momento de falar sério, refletir e observar e claro que relações maduras tem o seu momento do humor, da descontração e de sim... falar o velho “besteirol”. Mas como fazer com que essa linha tênue seja compreendida pelas crianças e adolescentes? 

Simples.

Esteja pronto para rir de si mesmo, compartilhar momentos de “pagação de micos” e rirem juntos. Nada melhor que ouvir a voz do outro, perceber e deixar-se perceptível. Pois, na hora de falar sério ou não, automaticamente o seu tom de voz será percebido e assim sendo na hora em que precisar ser mais ou menos enérgico com o outro, essa ação será bem aceita.

Amigos riem juntos

Quando a amizade é de verdade, sempre ouviremos o que é necessário. Ainda que não gostemos do que escutamos e vice e versa. Amigos de verdade, se importa com as bolas fora do parceiro. E nada melhor do que dá aquela velha chamada de atenção para que o outro se atente e seja mais cuidadoso com suas ações escolhas.

Amigos falam a verdade e repreendem quando necessário. 

Diante do exposto. A amizade entre cuidadores e alunos e/ou filhos é um aspecto positivo nessas relações?

Sendo positivo, esse benefício contribui na aprendizagem?

Sem sombras de dúvidas sim. Um bom relacionamento entre professores e alunos, assim como pais e filhos, são de uma grandeza imensurável capaz de quebrar barreiras e fazer com que a aprendizagem flua de uma forma mais segura e precisa.

Aprendemos como nos emocionamos. Aprendemos quando confiamos.  quem melhor para representar uma boa emoção e confiança, senão um bom amigo.

Então pais, desejem a amizade de seu filho. A relação será recheada de benefícios em todos os aspectos. 

Professores, conquistem a amizade de seu aluno. Quando ele confia em você, sua aula fica bem mais proveitosa.

Não se trata de ir atrás para fazer média com filhos e alunos, mas sim, de reconhecer que seja seu filho ou aluno precisa da sua amizade, talvez ele não saiba disso. Mas você, seja o adulto da relação, preencha os espaços que te cabe e não permita que seu filho ou aluno, sofra consequências por falta de uma boa e sincera amizade, que sem dúvida você é a melhor opção.