Confira o que se sabe sobre o caso do idoso morto levado a banco no RJ

Caso aconteceu nesta terça-feira (16); Érica de Souza Vieira Nunes passará por uma audiência de custódia nesta quinta-feira (18)

Por EmPauta.net 18/04/2024 - 13:35 hs
Foto: Reprodução

Érica de Souza Vieira Nunes, presa em flagrante na última terça-feira (16) após levar um idoso morto para sacar um empréstimo em um banco em Bangu, Zona Oeste do Rio, irá passar por uma audiência de custódia na tarde desta quinta-feira (18). O rito inicial está marcado para as 13h, e decidirá se ela continuará presa ou se será solta.

Ela foi presa ao ser flagrada com um cadáver em uma cadeira de rodas, enquanto tentava sacar um empréstimo de R$ 17 mil. Após suspeitas de funcionários do banco, a polícia foi acionada ao local e constatou que Paulo Roberto Braga, de 68 anos, estava morto.

Através da análise de câmeras de segurança, foi possível precisar que eles chegaram à agência às 13h02 da terça-feira. A equipe do Serviço de Atendimento Movel de Urgência (SAMU)  foi chamada ao local por volta de 15h, segundo o boletim de ocorrência.

Até o momento, prestaram depoimento o motorista de aplicativo que levou os dois ao local além do gerente do banco; um médico do Samu; funcionários do estabelecimento; Érika e seus advogados, além do delegado e do Instituto Médico Legal.

O que dizem as partes

Motorista de aplicativo

Segundo o motorista, ele não ajudou Paulo Roberto a embarcar no carro. Segundo ele, Érika, suas duas filhas  e um rapaz a quem ela pediu ajuda colocaram o idoso no banco de carona. Ao chegar na agência, o motorista disse que Paulo segurou a maçaneta do carro enquanto era retirado do automóvel, o que indicaria que ele estava vivo até aquele momento.

Érika Nunes

Em depoimento na terça-feira (16), ela afirmou que o seu tio ficava sob seus cuidados e que após receber alta de uma internação em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na segunda-feira (15)m ele quis ir pedir um empréstimo para comprar uma televisão e realizar uma reforma em sua casa. Ela afirma que ele estava consciente quando saíram de casa e que teria parado de responder quando chegaram no banco.

Defesa de Érika

Ana Carla de Souza Correa, advogada de Erika, sustentou que Paulo chegou vivo ao banco. Ela ainda afirmou que sua cliente tem um laudo psiquiátrico, que foi apresentado durante depoimento na delegacia. Segundo Ana, Érika não teria percebido que o idoso estava morto por que estava em surto e "visivelmente alterada".

IML, Delegado e Samu

O laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) aponta que o homem morreu entre 11h30 e 15h20 da terça-feira (16) por broncoaspiração de conteúdo estomacal e falência cardíaca. O órgão aponta ainda que não é possível precisar se Paulo já estava morto quando foi levado pela sobrinha sacar um empréstimo

A versão do IML é sustentada pelo delegado Fábio Luiz de Souza, titular  34ª DP (Bangu). Em declarações à imprensa ele acredita que o idoso estava morto há pelo menos duas horas.

Já o  Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) apontou que o homem apresentava manchas caracteristicas que só apareceriam  após duas horas do óbito.

Gerente e funcionários do banco

A gerente disse que viu uma mulher ao lado de um idoso debilitado em uma cadeira de rodas. Ao perceber que ele não estava bem, ela pediu a Érika que o tio dela assinasse um papel antes de pegar o dinheiro. Com isso, ela notou que Paulo Roberto não respondia a nenhuma pergunta.

Já os funcionários, através de áudios divulgados em grupos de Whatsap, disseram que já haviam percebido que algo estava errado desde que Érika e seu tio chegaram no estabelecimento.

Fonte: Metro1