Quatro em cada dez policiais concordam com ações extremistas do 8 de Janeiro

FBSP aponta que 62,1% dos agentes concordam total ou parcialmente que os policiais que facilitaram a ação dos extremistas devem ser punidos

Por EmPauta.net 31/01/2023 - 10:59 hs
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Uma pesquisa realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), aponta que 62,1% dos agentes concordam total ou parcialmente que os policiais que facilitaram a ação dos extremistas devem ser punidos. Outros 17,3% discordam totalmente. Ainda de acordo com o levantamento, 55,7% consideram ter havido omissão no policiamento, e mais de 70% veem falhas de planejamento e comando.

De acordo com o Estadão, o estudo mostra também que:

– 58,9% disseram acreditar que a conduta dos policiais designados para as linhas de proteção dos prédios foi inadequada e sem o devido rigor para conter distúrbios;

– 61,7% pensam que o comando do Exército demorou para colaborar com a dissolução do acampamento montando na frente do Quartel-General de Brasília.

Segundo o presidente do FBSP, Renato Sérgio de Lima, a pesquisa indica que os policiais entendem que existe uma contaminação dos quartéis com questões políticas. Ele afirmou que essa influência é maléfica às corporações, e que a quantidade de agentes que acham a pauta golpista legítima é sintoma disso.

Decreto chega ao fim 

Nesta terça-feira (31), o decreto de intervenção federal assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva após os atos de vandalismo perde a validade. Ele foi adotado sob o argumento de se retomar o controle da segurança pública no Distrito Federal após a invasão do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).

O emprego da Força Nacional de Segurança para auxiliar na proteção da ordem pública e do patrimônio público e privado vai até o dia 4 de fevereiro. Após o fim da intervenção, a segurança do Distrito Federal deixa de estar sob o comando de Ricardo Cappelli, representante do governo federal escalado por Lula, e volta à alçada do governo distrital.

Fonte: Bahia.ba