Violência nas escolas. E agora?

Por Katiane Souza

Por Katiane Souza 11/04/2023 - 13:36 hs

Diante de tudo que estamos acompanhando pelos noticiários sobre os acontecimentos dentro de ambientes escolares nos últimos dias no Brasil, não tem sido fácil para toda a sociedade ver as escolas como ambiente seguro e partindo disso, liberar seus filhos para as escolas se torna uma decisão a ser repensada. 

Sim, repensada. O pensamento que “na escola meu filho não está debaixo de meus olhos e mesmo assim está seguro”, foi substituído por vários outros sentimentos nada confortáveis.

Entretanto, mesmo diante das tragédias, não temos direitos a paralisações. Isso nos obriga a tomarmos algumas decisões importantes, para seguirmos em frente com mais proteção, alerta e claro, é a intenção, mais leveza.

Partindo desse princípio, vamos refletir sobre fatos:

O censo de 2020 registrou o Brasil com 179.533 escolas da Educação Básica brasileira, e mensurar essa quantidade de escola com a quantidade de estudantes, isso nos faz repensar alguns sistemas adotados em nosso sistema educacional  (fonte: https://www.gov.br/pt-br/noticias/educacao-e-pesquisa/2021/03/conheca-o-panorama-das-escolas-brasileiras )

E vale ressaltar que a educação básica sempre passou por processos de transformações para atender a demanda que a sociedade precisava e com isso houveram, mudanças na didática, formas de avaliação, bem como proteger a comunidade escolar de qualquer interferência interna ou externa que impeçam a aprendizagem. Essa é a realidade das escolas.

Entretanto o que vemos é DENTRO DAS ESCOLAS O REFLEXO DE UMA SOCIEDADE.

A escola sempre foi cobrada por acontecimentos no geral.

Com a ideia de que ela sozinha seria capaz de transformar todo um contexto social. Entretanto, está mais que provado que por mais poder que uma instituição educacional tenha, essa não consegue fazer nada sozinha.


Dentro das escolas acontecem o que já se apresenta fora dos muros educacionais. Desde uma falta de respeito ao espaço do outro, xingamentos, exclusão, bullyng (Confira aqui o ultimo texto sobre o bullyng) e segue uma lista gigantesca que vem gritando dentro das escolas o reflexo de muitas ações. São violências que não são geradas dentro dos espaços educacionais. Essas se iniciam em casas não monitoradas por olhares atenciosos no desenvolvimento de caráter de seus jovens e infantos.

Mesmo assim, se faz necessário uma força tarefa para protegermos e resguardarmos os nossos, precisamos olhar tanto para dentro das escolas, como para fora dela. E claro, isso não será feito apenas pelas escolas.

Pais, alunos, funcionários comerciantes entorno ao prédio escolar e tantos outros, fazem parte da comunidade escolar. E juntos é possível aumentar as forças contra a violência dentro e fora dela.

Além de conferir a segurança da escola:

  1. Promovam palestras na sociedade escolar sobre a importância da saúde emocional e mental de todos ali presentes;
  2. Busquem parceria com instituições da saúde mental e emocional;
  3. Não hesite em procurar ajuda em qualquer esfera do poder público; 
  4. Em casos de qualquer suspeita, não tire por menos.

É dentro das escolas onde se aglomeram os tesouros de inúmeras famílias. Por isso: se faz necessário uma força tarefa para protegermos e resguardarmos os nossos, precisamos olhar tanto para dentro das escolas, como para fora dela. E claro, isso não será feito apenas pelas escolas.

Pais: Ensinar com o exemplo sobre respeito e tolerância nunca será um ensinamento perdido. Quando essa lição vem acompanhado de exemplos, a aprendizagem é mais eficaz.

Não se limite a cobrar ações da escola, mas, tenha em mente contribuições que você enquanto pai/responsável, pode promover para que essas melhorias sejam realizadas.

Fortaleça o emocional de sua criança. Busque ajuda profissional, psicólogo que proporcione ferramentas que possibilitem a prosseguir depois de fatos traumáticos

Pais e escola perdem as forças diante das fatalidades. 

Portanto esse é o tempo mais que oportuno e necessário para que família e escola se unam não apenas focada em resultados de rendimento no final do ano, mas, que se juntem para estabelecer juntos medidas de proteção.