A crescente cultura do ódio
Por Pr. Teobaldo Pedro
Antes de tudo afirmo que ela está em todos os segmentos sociais. Ela é multifocal e, em geral, surge silenciosa. Ela vem travestida de defesa disso e daquilo. E, bem normalmente suas causas, ditas nobres, o é pelo menos na mente dos que creem plenamente nisso.
Há muitos mensageiros de "boas ideias" caindo pelo engano e o encantamento da serpente do ódio contemporânea, vestida de intolerância, de ambos os lados. Infelizmente, existe uma cultura de ódio sim. Contudo, ela não é algo recente na história humana e não nasceu dos atuais partidos políticos, dos coletivos sociais ou religiões. Na verdade ela convive com a raça humana desde que o mundo é mundo. E, biblicamente, começou com satanás como seu operador, semeando discórdia e fazendo intrigas contra seu Deus. Depois disso veio o Caim, pleno de ódio. Assassinou o seu irmão inocente! O ódio nunca acabou.
Não será exagero se dizer que, indireta ou diretamente, nós já estivemos todos envolvidos em algum tipo de circunstância que envolvia, rancor, ressentimento, mágoa ou ódio. Os adeptos da cultura do ódio tendem a apenas enxerga-la entre seus oponentes ideológicos e não percebem que, do seu lado de pensamento há alguns impregnados do mesmo sentimento, enquanto cultivam o desprezo e rejeição absoluta ao outro, sob uma falsa premissa do "estou do lado certo da História". Não há perfeitos! Bastaria alguns minutos de autorreflexão sincera e sensata para que as pessoas inteligentes percebam que elas mesmo sem premeditarem algo conscientemente, já fez parte de algum episódio de ódio na vida.
Daí, nós ponderarmos sobre isso, com isenção, seria bom, para nós depois rechaçarmos isso "de nós e em nós". Esta seria nossa única chance de termos uma vida mais equilibrada, saudável e bastante tranquila. Inclusive mentalmente.
Roni Figueiredo - Coluna Social