Vivemos uma época terrível, de frieza espiritual e relacional na humanidade. As pessoas estão se tornando frias e distantes, cada vez mais, uma das outras. Como se toda dor e sofrimento alheios não significassem nada para nós, por não nos envolver e nem atingir a ninguém próximo. 

Darei um exemplo prático disso. Não deveríamos esperar alguém estar à beira da morte para nos mobilizarmos pra ajudar. Ou ter que ver um amigo desenvolvendo ideação suicida, para aí sermos mais bem presentes e solidários em sua vida. Não deve ser assim! Precisamos de mais empatia no mundo de hoje. É preciso amor! 

Empatia é a capacidade de sentir o que outro sente. É o talento de se identificar com a dor alheia se pondo em seu lugar. Um mundo não empático se torna gélido e é indiferente. Porém, quando reage no inverso disso há reciprocidade relacional. Pessoas passam a se importarem mais, e de verdade. 

A educação afetiva, se processa na alma. Ela começa na família, perpassando alguns ambientes sociais e religiosos. Contudo, a escolha de ser empático ou não será totalmente individual. Isso em cada ser humano decidindo livremente se quer vivencia-la. 

O século atual nos aproximou na comunicação cognitiva, verbal e não verbal. Por outro lado, pela ênfase na virtualidade, também potencializou um real isolamento emocional. E até mesmo entre as pessoas que convivem próximas. Creio que é o tempo de revermos isso! Enquanto ainda dá tempo!