Meu filho perguntou sobre política. E agora?

Por Katiane Souza

Por Katiane Souza 11/01/2023 - 11:16 hs

Não é de hoje que as questões políticas tem ocupado as principais pautas sejam dos noticiários ou das rodas de conversas entre amigos. Entretanto, os últimos acontecimentos, cada vez mais marcantes, muitas vezes não paramos para considerarmos o que pensam os nossos estudantes, as crianças e até os que ainda não são eleitores. Pois, embora jovens e com pouca compreensão, é perceptível os ânimos de adultos alterados e que, de uma certa forma, traz uma instabilidade em todos os âmbitos da sociedade. 

Assim sendo, não há como desrespeitar a criança que está em casa ouvindo tudo e, às vezes, acompanhando noticiários sem compreender muitos acontecimentos e até correr o risco de gerar em si sentimentos aversivos. Diante disso não há como deixar de desenvolver uma boa conversa a respeito.

Para desenvolver um diálogo saudável é importante iniciar explicando o que é politica 

Pode parecer um tema complicado de ser abordar com os filhos, principalmente com os menores. Contudo, através de uma reflexão na linguagem da criança e respeitando a faixa etária, é possível que ela entenda como a política acontece.

Os cuidadores podem começar explicando que é uma ferramenta capaz de mudar o mundo, para que ele seja um lugar melhor para todos. Também é interessante salientar que a política está presente o dia a dia em nossas vidas, seja em casa e em todas as relações sociais. Partindo desse pressuposto, é possível promover uma reflexão sobre atitudes que envolvem a politica como o todo.

Seguindo com o desenvolvimento do educar politicamente a criança e adolescente, apresente valores que são importantes de serem considerados. 

Respeitar à opinião diferente 

Mesmo em casa, sala de aula, trabalho, igreja ou em quaisquer espaços sociais, dividimos opiniões diferentes. E isso não dá direito a ataques ou agressões, mesmo que verbais. Respeitar a opinião é o princípio de ter seu espaço respeitado. O menor precisa entender que, assim como é saudável para o indivíduo ter a sua opinião respeitada, é de suma importância não agredir ao que diverge da sua.


Aprender ouvir sem se inflamar

Opinar sobre algo não é sinônimo de agressão. Podemos gostar de frutas diferentes, climas, cidades, opções de lazer e ter opiniões firmes a esse respeito, não está desmerecendo quem não é da mesma “tribo”. Ouvir o outro expressar sua opinião não precisa ser combustível para uma combustão. É possível que os espaços sejam ocupados por opiniões diferentes e esse mesmo espaço ser preservado pelo respeito

Falar sem ofender 

Assim como desenvolvemos na nossa criança o bom senso ao ouvir, esse principio precisa ser desenvolvido quando ele for se expressar. Não se trata de mentir ou omitir opiniões, se trata penas de zelo com as palavras que podem e precisam ser bem trabalhados.

A BNCC (Base Nacional Comum Curricular) traz na etapa da Educação Infantil no campo das experiências habilidades a serem desenvolvidas com o eixo temático nomeado de O eu, o outro e o nós e Escuta, fala, pensamento e imaginação que possibilita desde cedo os cuidadores a desenvolverem habilidades necessárias à construção de cidadãos pensantes, coerentes e respeitosos.

Independente de qualquer coisa, crianças, adolescentes, adultos, idosos, funcionário ou patrão, todos estão no mesmo barco. Respeitar, refletir e chegar ao senso comum trará benefícios ao todo. E essas habilidades são possíveis serem desenvolvidas desde muito cedo. Basta que cada cuidador assuma com maestria o seu papel de orientar.

Até a próxima!