A ausência emocional pode aniquilar relacionamentos

Por Pr. Teobaldo Pedro

Por Pr. Teobaldo Pedro 19/11/2022 - 19:35 hs

Quando nos distanciamos emocionalmente do outro viabilizamos a destruição de um relacionamento outrora forte, belo e pujante. Precisamos tocar a alma das pessoas não apenas com palavras, mas, principalmente, com gestos e atitudes que revelem amor real, verdadeiro e sincero. Porém, é preciso que permitamos que a nossa alma também seja tocada.

Um exemplo bíblico e clássico disso é a História do Rei Davi e seu filho Absalão. Ele era o filho predileto de seu pai. Um dia sua irmã foi estuprada por um de seus meio irmãos (por parte de pai) e o Rei nada fez para punir o agressor. Absalão deu uma festa, nela matou o violador de sua irmã e fugiu. Anos depois Davi o perdoou mas não quis conversar com ele, apesar de seus insistentes pedidos. Isso foi gerando na alma de Absalão rancor, mágoa, revolta, rebeldia e desejo de vingança. Ele então passou a buscar aliados dentre os insatisfeitos com o governo de seu pai. Fortalecido, anos depois deu um Golpe de Estado e destituiu Davi do trono. Não satisfeito com isso tomou atitudes de humilhação contra este e passou a persegui-lo para matá-lo. O fim de Absalão foi trágico. Ainda assim seu pai, mesmo rejeitado e jurado de morte pelo filho magoado e ferido na alma, sofreu amargamente após saber de sua triste morte.

Rei Davi

Assim como ocorreu com Absalão e Davi se proliferam relacionamentos com feridas abertas e mágoas não tratadas. isso é perceptível até mesmo em ambientes onde, supostamente, não deveria existir como a Família e a Igreja. Deus é o maior interessado em que a nossa solidão, que é um vazio relacional na alma, seja compensada, preenchida e banida pro completo através de relacionamentos saudáveis, inclusivos em amor e que nos proporcionem a chance de crescermos mutuamente como pessoas.

Uma relação para dar certo não precisa ser perfeita no aspecto da total ausência de conflitos, mas se torna relevante e especial quando aprendemos a convergir em meio ao divergir. Aprender junto com o outro a olhar numa direção consensual pode se tornar o caminho do meio na restauração de uma amizade, um amor ou mesmo uma convivência eclesiástica.

A intolerância costuma ser mãe da morte do diálogo que aproxima, amarra e interligar almas. Somente quando aprendemos isso é que crescemos mutuamente e nos desenvolvemos tanto pessoal quanto coletivamente. Um casamento, por exemplo, com a falência relacional decretada pode ser salvo quando se torna um triangulo amoroso no qual, o terceiro ser presente, seja o Espírito Santo promovendo paz dialogal que nos leve para mais perto da alma, das emoções, dos sentimentos e da essência do outro. É tudo uma questão de querer. Querer? Sim! Querer ser curado e deixar Deus agir em nós, por nós e para nós. Ele age sempre em nosso favor e somente uma coisa poderá bloquear o agir de Deus em nós: A nossa incredulidade.

 Um casamento, por exemplo, com a falência relacional decretada pode ser salvo quando se torna um triangulo amoroso no qual, o terceiro ser presente, seja o Espírito Santo 

A incredulidade é um bloqueador espiritual que neutraliza a manifestação das bênçãos espirituais do Pai para nós, vindas diretamente do mundo espiritual, Sua dimensão de Poder sobrenatural, para nós no mundo físico visível e tangível onde vivemos enquanto humanos que somos.

A verdade é que, sem fé, jamais poderemos agradá-lo e portanto não experimentaremos Seu Poder e Cura manifestos sobre nós. Que Ele nos ajude a ponderarmos acerca disso, nos perdoando uns aos outros e buscando, sobretudo, nos conhecermos mais, e melhor, mergulhando na essência da vida do outro a fim de conhecê-lo e, em o conhecendo, poder tocá-lo (a), pela Palavra de amor que cura, transforma e liberta o ser de toda e qualquer forma de amargura, dor, opressão, rejeição ou algo que emperre a livre expressão do amor.

Amemos!