Meu filho gosta muito de jogar. Preciso me preocupar?

Por Katiane Souza

Por Katiane Souza 28/06/2022 - 11:58 hs

Não é novidade que os jogos eletrônicos têm ocupado cada vez mais a posição de queridinho entre os estudantes das mais diversas idades. 

E de contra partida, percebe-se que esses favoritismos pelo mundo virtual têm causado alguns distanciamentos da realidade. De contrapartida percebe-se que por mais que as crianças gostem de estudar, ler livros e de escrever belos textos, os joguinhos e desafios das telas estarão na primeira opção de anseios.

Mas, o que tem de tão atrativo nos jogos que os pais e educadores acabam se colocando em uma concorrência desleal?

Para iniciarmos vamos apenas lembrar que:

1- Todo jogo começa no modo mais fácil. Nenhum jogo eletrônico irá colocar o jogador em posição de derrota, pelo contrário, as primeiras fases são as mais viciantes, pois, nelas não há frustração, existem apenas “OPORTUNIDADES DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES”.

2- A cada conclusão de fase, o jogo já vem carregado de estímulos áudios visuais capazes de deixar o jogador altamente feliz e orgulhoso de si mesmo mediante ao desafio concluído com êxito.

3- Quando o jogo começa ficar mais difícil, essa mudança ela é gradativa e processual. Aos poucos um desafio é lançado e quando o desportista não vence...ele ler ou escuta “NÃO FOI DESSA VEZ, TENTE NOVAMENTE”.

Fazendo paralelos com o cotidiano da geração de crianças e adolescentes que fazem parte da vida educacional dentro e fora da escola, podemos perceber que se pais e professores agregar estratégias dos jogos eletrônicos à sua prática social, o relacionamento entre adultos e jovens estudantes fica bem mais estreito. 

Assim sendo, temos como garantia o que mais se deseja, é que os estudantes se desenvolvam na sua melhor versão, com suas habilidades ampliadas, capazes de resolverem qualquer empasse que porventura ocorra em seu dia-a-dia.

A grande questão em permitir que jovens e crianças fiquem tanto tempo em jogos eletrônicos é que estes correm o risco de passar mais tempo em uma realidade virtual e adquirir comprometimento no comportamento social e cognitivo, pois, sem sombras de dúvidas, o mundo virtual é mais acessível, mas, essa acessibilidade não é sinônimo de mais benéfico e rentável para o desenvolvimento como o todo do indivíduo. 

Não existe aqui uma bandeira aversa aos jogos eletrônicos, pelo contrário, eles têm suas vantagens, no entanto o ser humano necessita de contatos que vão além de um mundo virtual. Os jogos eletrônicos podem ser aliados e não totalmente responsáveis pelo desenvolvimento de aptidões cognitivas, emocionais, sociais entre outras.

A tecnologia está presente em todos os lugares, por isso, é difícil imaginar o mundo sem ela. Os jogos eletrônicos são grandes atrativos, e como tudo na vida, equilíbrio é sempre saudável.

Nenhum jogo vai vir com a capacidade de substituir a necessidade da presença de cuidadores que amam e se preocupam com o desenvolvimento íntegro de seu menor, seja ele filho ou estudante.