Até onde devo cobrar responsabilidade de meu filho?

Por Katiane Souza

Por Katiane Souza 07/06/2021 - 13:57 hs

Todos os pais querem acertar na educação de seu filho e com isso acabam dando a ele mais conforto do que tiveram e não cobram algumas responsabilidades. Contudo, com as melhores das intenções percebe-se que vez ou outra acabam estragando o plano, por tirarem experiências que tiveram e foi imprescindível no processo de amadurecimento, o qual ajudou a chegarem aonde estão. 

Isso implica em não dar algumas responsabilidades e ser efetivos na fiscalização das mesmas. Não falo em inversão de papéis. Mas de responsabilidades que sejam alcançáveis para cada faixa etária.

Diante dessa colocação, venho fazer um convite a uma reflexão sobre a responsabilidade.

Não precisa repetir que o mundo de hoje é totalmente diferente de décadas atrás, contudo as habilidades emocionais e cognitivas não mudaram e como pais responsáveis é necessário atentar para que não desenvolvam adultos ou adolescentes imaturos e incapazes de resolverem seus conflitos.


Como profissional sugiro que:

1- Mostre ao seu filho que ele é um ser participante da casa, faz parte da rotina e do espaço de todos. De acordo com a idade, é importante que o mesmo tenha obrigações executáveis. Molhar as plantas, pôr o lixo para fora, arrumar a cama, guardar os pratos, entre outras pequenas tarefas, desenvolvem habilidades vitais para toda vida. Pois, com o ensino de pequenas atividades, conceitos como responsabilidade, gestão de tempo, atenção, planejamento, entre outras habilidades que são importantes para toda existência. Dar uma responsabilidade e incentivar o cumprimento das mesmas, serão de extrema importância para seu filho.

As atividades escolares, são funções dos estudantes e não dos pais.

Quantos trabalhos e maquetes não tem cozinhado o juízo dos pais? Contudo, quando chega nesse nível de situação o foco do trabalho foi perdido no processo, pois os trabalhos precisam ser bem conduzidos. 


2- Sugiro que: se o trabalho for executável pelos estudantes, os pais sejam supervisores e auxiliares e não os protagonistas na produção das tarefas. Pois a partir do momento que o estudante se desenvolver nessas tarefas, ele mesmo irá desenvolver a auto confiança necessária que o ajudará sobremaneira na vida toda, as suas emoções serão reguladas desde cedo e não serão aquelas pessoas que terceirizam sempre as suas funções ou fica agindo como sanguessuga que sempre espera que o outro faça o que é sua responsabilidade (O conhecido escorão).

Quando  o trabalho for aquela maquete monumental que exige mais cuidado, seja participante ativo e não atuante solo. Aproveitem esse momento para desenvolverem, decidirem, pensarem e construírem juntos… Deixe seu filho desenvolver habilidades importantes para ele. Sem falar que nesse momento de construção mútua, os vínculos afetivos serão mais estreitados e memórias serão eternizadas através da construção de um simples trabalho escolar.

Não faça pelo seu filho, deixe-o desenvolver. Não pegue na mão, esteja ao lado. Deixar o filho realizar tarefas, estará dizendo que confia nele e acredita na sua capacidade de se desenvolver da melhor forma e assim ser um vencedor diante de quaisquer situações na vida presente ou futura.